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My life: Parte 02

  • Cinthia Artea
  • 3 de out. de 2016
  • 2 min de leitura

Uma grande correria acontecia em casa, era 18/01/1989, eu tinha acabado de completar 4 anos, mas me recordo como se fosse hoje.

- Pega a bolsa, pega a bolsa! Gritava minha mãe, enquanto era levada até o fusca vermelho do meu tio.

Minha avó as pressas, pegou a tal bolsa e todos entramos correndo no carro.

Chegando lá, mas lá onde? Que lugar era aquele? Tão grande, cheio de gente indo e vindo o tempo todo, minha mãe gemendo de dores foi levada as pressas para um quarto onde não pude acompanha-la.

Apos algum tempo esperando sentados em um banco, na parte externa daquele lugar onde observava a placa de uma mulher com dedo nos lábios como se dissesse, "shiu", silêncio, aparece um homem todo de branco dizendo:

- Ele nasceu!

Todos se alegraram, se abraçaram, e eu ali, com cara de "ué".

-Seu irmãozinho nasceu fiinha! Dizia minha avó, com um largo sorriso no rosto. É, fiinha, ela me chamava assim desde que me conheço por gente.

Agora entendi, bom, entendi um pouquinho o que estava acontecendo.

Depois de alguns dias, fomos buscá-la, e também buscar aquele estranho, meu irmão.Aquele bebezinho pequeno, eu queria pegá-lo, mas ninguém deixou, achava que era uma boneca.

Novamente todos no fusca vermelho do meu tio, mas agora tem gente a mais, lembro-me da minha mãe no banco da frente reclamando de dor e pedindo para meu tio ir mais devagar.

Chegamos! Já era noite e eu estava deitada no meu quarto e ao meu lado, um carrinho com ele, o bebe, o nome dele? Alexandre.

Ele estava tão quietinho, dormindo, não gostava de ver ele assim, de parado já bastava minhas bonecas, queria ver ele em ação, se mexendo, chorando, sendo um bebe oras, não é isso que um bebe faz?

Não me contive e fui mexer com ele até que ouvi um choro, buaaa, logo ouço passos e me deito com a maior cara de "santa", só se for do pau oco né!

-Eu não fiz nada! Já fui logo falando.

-Eu sei, ele deve estar com fome. Minha mãe levantou a blusa e colocou o menino ali no seu seio, mais uma vez fiz cara de "ué", porque será que ela fez isso, pensei com meus "botões", logo chega minha avó.

-Ela vai ficar com vontade!

-Vou tirar um pouco para ela.

Minha avó vai até a cozinha e volta com uma colher na mão.

Logo minha mãe pega a colher e aperta o seio até sair um líquido branco, e se apressa em me oferecer.

-Toma fiinha! disse minha avó.- É leite.

Hum leite, amo leite, pensei, e já fui logo abrindo a boca para beber, quando senti o sabor daquele leite, cuspi na hora. - Que ruim, não é leite, ou está estragado!

As duas riram.

E assim foi meu primeiro dia com meu irmão mais novo.

foi a partir daí que aprendi algumas coisas da vida, e percebi que já não era mais a fofura da casa.

Continua..........

Beijos,

Cinthia Artea.

 
 
 

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